- Sérgio Ozaki–
Uma pequena biografia
Por Lúcia Maria Tonzar Ristori Ozaki
Sérgio Ozaki nasceu na cidade de Guaraci, localizada ao norte do Estado de São Paulo, às margens do Rio Grande, em 24/10/1953. Caçula de sete irmãos, filho de Takeshi e Hayako Ozaki, imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil no início do século 20, no célebre navio Kasato Maru que em 1908, transportou o primeiro grupo de imigrantes japoneses vinculados ao acordo estabelecido entre o Brasil e o Japão.
Criança, já se interessava por ciências, o que o levou a participar, aos 16 anos, da XXI Reunião Anual da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Porto Alegre, no ano de 1969, apresentando seu trabalho de iniciação científica. Seu trabalho científico foi premiado, sendo agraciado com uma bolsa de estudos que recebeu por todo período de graduação da Faculdade de Medicina.
Em 1977, graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP –onde também concluiu a Residência Médica em Cirurgia Geral.
Em dezembro de 1981, foi convidado para trabalhar na Santa Casa de Casa Branca, em Casa Branca, município do Estado de São Paulo, onde permaneceu por mais de 30 anos como membro do Corpo Clínico exercendo atividades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia e no atendimento às Urgências/Emergências do Pronto Socorro.
Nos anos de 1983-1984, fez pós-graduação em Saúde Pública pela UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas, o que lhe permitiu prestar concurso público e tornar-se médico sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Participou de congressos e fez diversos cursos, entre eles, pós-graduação nas áreas de Medicina do Trabalho e de Perícias Médicas.
Ao longo de sua carreira participou de exames, obtendo os Títulos de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, em Ultrassonografia Geral e em Acupuntura, junto às respectivas Associações e Sociedades Médicas, aprimorando sua atuação profissional.
Foi Médico Sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde, exercendo suas funções como Diretor Técnico do Centro de Saúde de Casa Branca. Além de todas as atribuições inerentes ao Cargo, ainda prestava atendimento à população, se responsabilizando pelas consultas médicas dos Programas de Tuberculose e Hanseníase, Programa de Saúde da Mulher e acompanhamento dos pacientes com Doenças de Notificação Compulsória.
Por mais de 30 anos, trabalhou no Centro de Reabilitação de Casa Branca, em clínica médica, também colaborando com a instituição, no acompanhamento de programas de saúde e no desenvolvimento de vários projetos voltado ao atendimento dos pacientes psiquiátricos.
Foi Perito Médico Previdenciário do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social, atuando nos municípios de Mococa e Santa Cruz das Palmeiras e, também, exercendo funções na Gerência Executiva de São João da Boa Vista.
Por mais de 10 anos, foi médico assistente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, junto ao Departamento de Cirurgia e Anatomia.
Em 16 de agosto de 1996, recebeu o Título de Cidadão Casa-Branquense conferido pela Câmara Municipal de Casa Branca, que foi para ele, grande motivo de alegria e gratidão à cidade que o acolheu com tanta amizade e consideração.
Autor do livro Uma Obra Inacabada, biografia do Venerável Roberto Giovanni, que foi publicado pela Ágape Editora, no ano de 2003. O Venerável Roberto Giovanni foi Irmão da Congregação Religiosa Estigmatina, de quem foi grande amigo e de cuja causa de Beatificação e Canonização participou, auxiliando a conservar viva a memória e a riqueza espiritual deste Irmão.
Foi casado com Lúcia Maria com quem teve dois filhos, Sérgio e Veridiana, e duas netas, Cecília e Manuela, filhas de Serginho e da nora Mariana. Sérgio Ozaki residiu em Casa Branca por 35 anos, adotando-a como sua, sempre integrado à sociedade e sempre atuando no serviço à comunidade e contribuindo para o seu progresso.
Ser humano especial e cidadão exemplar, faleceu aos 66 anos, no exercício da Medicina, em 02 de outubro de 2020 (Dia do Anjo da Guarda), vítima da COVID-19.
“Para quem tem fé, a morte não é um fim, mas o início de uma nova vida, que ressuscita e que ninguém poderá tirar.”