- Apresentação -
Meu nome é Veridiana Ozaki. Seja bem-vindo!
Para tentar manter viva a memória do papai, resolvi criar este memorial.
Desejo que este espaço seja um canal para que amigos e familiares compartilhem as lembranças que possuam dele (fotos, depoimentos etc) comigo e minha família. Vamos ficar muito felizes em recebê-las!
De uma maneira especial, espero que este site seja um elo com o passado para as minhas sobrinhas Cecília e Manuela, que embora tenham vivido intensamente com o vovô Sérgio, não puderam conviver mais tempo com ele.
De tudo o que sou, o que mais me orgulho é ser filha de Sérgio Ozaki.
Ele sempre foi um anjo em minha vida. Esteve comigo nos momentos mais importantes e decisivos da minha trajetória, dando-me conselhos, apoio e amor.
Por meio de seus gestos e sua conduta ética, foi meu maior exemplo.
Não conheci ninguém nesse mundo tão disponível quanto ele. Sempre disposto e pronto a ajudar quando chamado. Por isso, acho que, além de ser meu anjo da guarda, foi o anjo da guarda de muitos de seus pacientes e amigos.
Meu pai era vocacionado para o trabalho. A medicina era o seu grande dom. Dizem que ele nunca errou um diagnóstico e que as suas mãos de cirurgião eram realmente talentosas. Dominava o que fazia.
Por alguns anos, foi o único médico cirurgião da Santa Casa de Casa Branca. Eu era criança, mas lembro que o telefone, em casa, nunca parava. Não eram raras as noites que papai era chamado no hospital ou na casa de algum paciente para atender alguma urgência e, em questão de minutos, após desligar o telefone, ele se levantava da cama e se arrumava para atender o chamado. Eu sempre ficava impressionada com essa prontidão.
Papai podia ensinar muito de medicina, mas mais ainda da vida.
Até no momento mais difícil das nossas vidas, quando ele se contaminou com a covid-19, ele me ensinou. Não consigo imaginar o que ele passou no hospital naqueles dias, mas, sempre que conversamos, ele se manteve com esperança e fé. Mesmo na dor, meu pai foi uma aula e eu tive a graça de aprender com ele.
Nunca vou esquecer: das comidas gostosas que preparava; das histórias que contava; das aulas de biologia que me ensinava (ele sabia de cor o reino-filo-classe-ordem-família-gênero-espécie de qualquer ser vivo que você possa imaginar!); dos experimentos que fazia para eu aprender física/química; da sua ajuda diária; das nossas viagens; da sua torcida nas minhas provas de vestibulares/concursos públicos; de tudo…
Foi-se minha luz, permanece o calor até hoje. Não existirá um dia sem que sua lembrança abrace a minha memória. O amor é eterno.